As insónias do dinheiro e a ganância de Gekko pulsam vibrantemente durante todo o filme, tal qual o fizeram há 20 anos atrás. Carey Mulligan e Shia Labeouf refrescam o elenco, mas nem assim a história se escapa de se tornar demasiado longa e previsível.
Menos empolgante que o anterior, mas ainda assim, okzinho.
Um filme que oferece a sensação quase constante de estar quebrado em dois.
De um lado, a história banal da mulher que perdeu o marido na guerra e que chora sobre o ombro do cunhado. Do outro, um drama potentíssimo e arrepiante de um episódio na guerra, com um Tobey Maguire completamente alucinado.
Tivesse o realizador conseguido passar apenas um pouquinho da intensidade desta segunda parte para a primeira e teríamos um filme impressionante.
Numa frase: um Pearl Harbor com menos lamechice e com um toquezinho de The Hurt Locker.
Pegando no conceito (inevitavelmente) pouco divulgado de escritor-fantasma e utilizando personagens interessantes — destaque para os agradáveis Pierce Brosnan, aqui invulgarmente não sedutor, e Kim Catrall, aqui hiper-estranhamente não-Samantha — Roman Polanski fez um filme de interesse crescente e ambiente misterioso, sempre bem acompanhado por uma musiquinha muito Poirot meets The Twilight Zone.
Numa frase (curta): bom e interessante, mas não fenomenal.
Numa história, cuja atracção primária é a possibilidade de fazermos malabarismo de almas, numa perspectiva tão simples como não gosto da minha alma? mando-a fora ou troco por outra, sente-se a falta de um avaliar e de momentos de introspecção mais profundos, obrigatoriamente implícitos na vida de qualquer personagem a passar por tal experiência.
Assim, ficamos perante um Paul Giamatti que, por mérito próprio, consegue brilhar, mas que merecia um argumento bem mais rico e trabalhado.
The Blind Side apresenta-se como um filme familiar com um enredo interessante, mas sem grande tensão ou clímax.
Sandy B. é claramente o raio de sol da acção! A sua interpretação é surpreendente (não pela falta de confiança na sua arte e engenho, apenas pela escolha incomum de papel) e acaba por ser aquilo que impede este filme de se tornar uma mera história tocante de Domingo à tarde.
Uma aventura divertida, mas sem grandes novidades de argumento ou espectacularidade de eventos, que vive quase exclusivamente da extrema criatividade e capacidade de expressão (oral e física) da dupla Fey e Carell.
Por mais encantador que seja o charme roliço de Alec Baldwin e a habitual profundidade de sentimentos transmitida por Meryl Streep, It’s Complicated não alcança o brilhantismo que Meyers conseguiu em Something's gotta give. O campeonato das gargalhadas leves e frequentes fica ganho, é certo, mas faltou um je ne sais quois para este filme se tornar um must see do mundo das comédias românticas.
Tentando colocar de lado a quantidade obscena de anúncios que a Zon me obrigou a suportar, enquanto aguardava pelo começo do filme, a palavra que me vem mais depressa à cabeça, quando penso em Shutter Island, é meh. Mais um filme de suspense/thriller, mais um filme com a musa Leo DiCaprio no seu eterno papel de inconformista, mais um filme que não acrescenta grande coisa...
Verdade seja dita, a história está bem trabalhada até e Martin Scorsese consegue prender o espectador até ao fim, desviando-se do tradicional estava-se mesmo a ver...
Talvez seja insensibilidade minha, mas a supostamente fantástica capacidade de story-telling de Eastwood parece ter-se eclipsado, neste filme.
Invictus é um bom filme, não o nego. Foi bem filmado e tem performances sentidas de Freeman e Damon. No entanto, perdura a sensação de que Eastwood se limitou a fazer o estritamente necessário - algo que funciona como factor-desilusão, dada a temática tão forte e capaz de mover multidões que existia como base.Numa frase: um filme bonitinho.